Pesquisadores do Instituto de Química da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) estão desenvolvendo uma nova tecnologia que promete revolucionar a forma como munições de armas de fogo são rastreadas e identificadas. Coordenado pelo professor Lippy Faria Marques, o projeto utiliza compostos químicos que exibem cores distintas ao serem expostos a luz negra, possibilitando a marcação seletiva de diferentes calibres de munição.
Esses compostos, derivados de metais conhecidos como lantanídeos, emitem cores variadas, como amarelo, laranja, rosa, azul, e várias tonalidades de vermelho e verde. Essa propriedade luminescente permitiria que, após um disparo, os resíduos de pólvora deixados nas mãos do atirador, na roupa, no local do crime e até nos cartuchos deflagrados, fossem facilmente identificados, facilitando o trabalho da perícia.
Segundo Marques, a utilização desses marcadores pode trazer avanços significativos para a ciência forense, permitindo a determinação de diversos parâmetros em investigações criminais, como a distância do tiro e a altura do atirador. A tecnologia, que custaria cerca de R$ 0,40 por munição, ainda está em fase de testes, com o próximo passo sendo a avaliação da toxicidade dos resíduos e a simulação de cenários forenses.
A pesquisa, que conta com a colaboração do Instituto de Física da Uerj e o apoio da Faperj, está sendo realizada em parceria com a Polícia Civil do Rio de Janeiro. Se implementada, essa inovação poderá melhorar significativamente a eficácia das investigações criminais no país, além de proporcionar um método de baixo custo e alta precisão para a análise de cenas de crime.
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