O Ministério da Saúde apresentou hoje (9) o balanço das ações de distribuição de equipamentos, insumos e medicamentos para o combate à covid-19 em escala nacional. A reunião aconteceu na sede da pasta, em Brasília.
Equipamentos e insumos
Até o momento, foram entregues 6.549 ventiladores pulmonares. Os estados que mais receberam foram Rio de Janeiro (814) São Paulo (766), Minas Gerais (409), Pará (406) e Bahia (321).
Foram distribuídos 163,3 milhões de equipamentos de proteção individual (EPIs), sendo 95 milhões de máscaras cirúrgicas, 36,9 milhões de luvas, 17,1 toucas e sapatilhas, 3,1 milhões de aventais e 1,8 milhão de óculos de proteção.
O secretário executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, afirmou que a distribuição de equipamentos é feita a partir de diálogo com as autoridades locais de saúde. “Estas necessidades são expressas pelos gestores locais. São priorizadas em conjunto com Conass [Conselho Nacional de Secretários de Saúde] e Conasems [Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde]”, comentou.
Desde o início da pandemia, foram habilitados 9.201 leitos de Unidades de Terapia Intensiva exclusivos para atendimento a pacientes com covid-19. As Unidades da Federação com mais estruturas deste tipo habilitadas foram São Paulo (2.014), Rio de Janeiro (762), Pernambuco (644), Rio Grande do Sul (624) e Bahia (539).
O secretário executivo do MS voltou a destacar que a sistematização dos níveis de ocupação de leitos está difícil devido à falta do repasse de dados por estados e municípios. Até o momento, não há um dado atualizado sobre a ocupação dessas estruturas.
Leitos na rede particular
Sobre o esgotamento da capacidade de atendimento de leitos em diversos estados e a necessidade dessas estruturas para atender à demanda, Élcio Franco comentou que o caminho das autoridades locais de saúde deve ser a requisição de leitos da rede privada antes de recorrer, por exemplo, à construção de hospitais de campanha. Neste casos, devem ser observadas a evolução da pandemia no local e as condições de resposta do sistema de saúde.
“Hospitais de campanha são efetivados pelos estados e municípios em reforço à estrutura hospitalar existente. Deve ser considerada a taxa de ocupação de leitos de UTI e evolução da curva epidemiológica. Baseado nisso será identificada a necessidade ou não de hospitais de campanha. Mas isso só deve ocorrer depois de contratualizados e requisitados da rede privada de saúde os leitos disponíveis para fazer isso. Não tem cabimento construir hospital de campanha se tenho leitos ociosos na rede privada”, assinalou.
Recursos e medicamentos
De acordo com o secretário executivo, foram repassados até agora às autoridades locais de saúde cerca de R$ 23,7 bilhões. O dinheiro visa financiar ações de prevenção e combate à pandemia. A equipe do ministério também apresentou dados sobre medicamentos para entubação – um auxílio reivindicado por estados e municípios diante do desabastecimento de insumos.
Conforme o painel, foram encaminhados 806 mil medicamentos até o momento pelo mecanismo de “requisição administrativa”. Este recurso compreende a solicitação juntamente a fornecedores nacionais sem comprometer a oferta destes para outros compradores.
Uma segunda estratégia para viabilizar a aquisição desses remédios anunciada pela pasta foi a realização de um pregão para compra centralizada dos insumos, com a intermediação do governo federal. Os estados e as capitais federais poderão aderir até o dia 13 de junho.
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Recorde de máscaras
Nesta terça-feira (7), o governo anunciou que recebeu um lote recorde de máscaras, transportadas da China para o Brasil pela companhia aérea Latam. Foram 11,8 milhões de unidades em apenas um dos mais de 40 voos programados para transporte de material médico-sanitário.