O governador Romeu Zema determinou, neste sábado (11/7), a abertura do Hospital de Campanha, no Expominas, em Belo Horizonte. Na próxima segunda-feira (13/7), 30 leitos de enfermaria e estabilização entrarão em funcionamento e a estrutura poderá ser ampliada conforme a demanda.
O espaço é uma das ações do Governo de Minas para o enfrentamento à pandemia do coronavírus.
A finalidade é criar condições aos hospitais convencionais para atender, sobretudo, os casos graves e que precisam de Centro de Terapia Intensiva (CTI). Em caso de lotação das enfermarias dos hospitais convencionais da RMBH, poderão ser solicitadas ao Hospital de Campanha vagas de clínica médica para finalização dos tratamentos.
Prevenção
O governador Romeu Zema destacou que a decisão de abertura é preventiva, já que o estado se aproxima do pico da pandemia, prevista por especialistas para a próxima quarta-feira (15/7).
“Como conduzimos bem o combate ao coronavírus, empurrando para frente a curva de contaminação, o hospital não se fez necessário até então. Mas, agora, neste mês de julho, nós estamos no pico da pandemia. É o mês que, com toda certeza, teremos mais casos, mais óbitos e, também, mais internações. Daí a decisão de ativarmos o hospital neste momento, mesmo havendo leitos disponíveis no sistema de Saúde do Estado”, afirmou.
Ele disse, ainda, que os 30 leitos abertos inicialmente são o mínimo executável e que essa estrutura poderá ser ampliada a qualquer momento. “Esse número pode ser ampliado de um dia para o outro para 60, 100 ou 150 leitos. Nós queremos passar esse período de pico com reserva, com cautela. Se o sistema passar por uma sobrecarga, nós podemos utilizar o Hospital de Campanha a qualquer momento”, ressaltou.
Reserva técnica
O secretário-adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, também explicou que a ideia é garantir uma reserva técnica, especialmente para receber os casos que não precisam mais de tratamento intensivo, mas ainda devem ser mantidos em observação. “Fizemos um grande esforço para ampliar a rede de UTI do Estado, porque o maior problema enfrentado no mundo todo foi garantir uma estrutura de tratamento intensivo capaz de receber todas essas pessoas. Como conseguimos jogar o pico para frente, tivemos tempo para ampliar a nossa rede de UTI e, hoje, a nossa estrutura está preparada e adequada para receber um número maior de pacientes. A ideia é que o Hospital de Campanha seja uma retaguarda de leitos clínicos para pacientes que já podem ser retirados da UTI, mas ainda devem ser monitorados e observados”, destacou.
O número de Unidades de Tratamento Intensivo em Minas Gerais foi ampliado de 2.072 para 3.350. Já em relação aos leitos de enfermaria, o salto foi de 11 mil para quase 20 mil leitos.
Profissionais
Os profissionais responsáveis por atender os pacientes serão, em sua maioria, integrantes da Polícia Militar de Minas Gerais e especialistas contratados pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais – Fhemig.
O diretor-geral do hospital, coronel Vinicius Rodrigues Santos, afirmou que grande parte da equipe já está pronta para entrar em operação na próxima segunda-feira (13/7) e a previsão é que todos os profissionais estejam com os contratos finalizados até quarta-feira (15/7).
“O Hospital de Campanha está preparado para entrar em operação a partir de segunda-feira. Nós necessitamos, para os 30 leitos que estão sendo colocados, de 224 profissionais. Nós já temos à disposição 145, entre administração e profissionais de Saúde. Este primeiro esforço é da Polícia Militar e do Bombeiro Militar. Na segunda-feira, já recebemos o segundo esforço, do chamamento da Fhemig, completando esse efetivo de 224 pessoas”, disse.
Também participaram do encontro o secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Otto Levy; o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Rodrigo Rodrigues; o presidente da Fhemig, Fábio Baccheretti; entre outras autoridades.
Investimento
Foram investidos R$ 5,3 milhões na implantação e estruturação do Hospital de Campanha, por meio de recursos públicos e privados. Deste total, R$ 4,5 milhões foram recebidos em doações financeiras por meio de parcerias.
A operação do Hospital de Campanha será financiada com recursos do Governo de Minas.
Agência Minas