Após grande repercussão de um vídeo onde um voluntário da cidade de Ponte Nova, e um vereador de Viçosa, mostram as condições desumanas que viviam os idosos, a Polícia Militar juntamente com a profissionais da saúde daquele município estiveram na residência e socorreram as vítimas, que não tinham roupas e comida.
A Polícia apurou ainda que filhos do casal, seguravam as aposentadorias das vítimas, realizavam empréstimos e não repassa dinheiro para os idosos.
A Ação Policial:
No dia 20 de dezembro de 2021, por volta das 10h42min, a Polícia Militar foi acionada a comparecer à Rua Guanabara, Bairro Sagrado Coração de Jesus, Ponte Nova/MG, onde, supostamente, idosos estariam sendo mantidos em condições desumanas por seus familiares.
Os militares encontraram o casal de idosos deitados sem roupas íntimas, cobertos apenas com pedaços sujos de cobertores. Perceberam, também, um forte mau cheiro proveniente de sobras de alimentos que se encontravam espalhados pelo chão.
A residência não possuía iluminação em vários dos cômodos, foi encontrado apenas uma lâmpada em funcionamento no quarto onde os idosos foram localizados. As paredes do imóvel pingavam água e encontravam-se com rachaduras que permitiam a observação do ambiente externo, além da existência de lençóis fazendo as vezes das portas e janelas.
Em conversa com os idosos, estes informaram aos militares que estariam até àquele momento sem se alimentar (11h), situação que levou os militares a acionarem o serviço de remoção (ambulância) e a responsável pela Assistência Social do município, com o auxílio de técnicos em enfermagem do PSF do Bairro Sagrado Coração de Jesus, as vítimas foram levadas até o Hospital Arnaldo Gavazza, local onde permaneceram em decorrência da necessidade de cuidados médicos.
Em contato com a filha do casal e responsável por gerir a aposentadoria dos pais, os militares foram informados que ela reside numa casa anexa ao imóvel e que seus 02 (dois) irmãos, ambos dependentes químicos, residem com as vítimas, sendo os irmãos os responsáveis pela venda das roupas e móveis da residência para a manutenção do vício.
A filha de 42 anos, recebeu voz de prisão e foi encaminhada à presença da autoridade de polícia judiciária competente, onde foi liberada após assinar o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).