O edifício Arthur Bernardes, no campus da Universidade Federal de Viçosa (UFV), está ocupado por estudantes da instituição desde a noite desta segunda-feira (17). Representantes do movimento estudantil protestam contra medidas relacionadas à área de educação e assistência estudantil, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela gastos públicos.
Os estudantes também cobram mais transparência nas decisões sobre o Restaurante Universitário (RU). As atividades no local, onde funcionam a pró-Reitoria, administração dos Centros de Ciências e o Registro Escolar, estão suspensas.
Em nota publicada no site oficial, a UFV comunicou que o Edifício Arthur Bernardes do campus Viçosa está fechado devido à ocupação pelo movimento estudantil desde a madrugada desta terça-feira (18). Os serviços prestados pelos setores localizados no interior do Edifício estão temporariamente suspensos. Mais informações serão divulgadas posteriormente no site da Universidade.
O grupo que ocupou o local publicou, na manhã desta terça-feira (18), em um grupo no Facebook, uma carta explicando os motivos da ocupação. No texto, eles relacionam o contexto político atual com o ataque aos direitos durante a ditadura militar.
“Estão sucateando a educação, a saúde e todos os outros serviços públicos do país, cortando os direitos das pessoas mais pobres e mantendo os privilégios daqueles que mais têm dinheiro em nosso país através da privatização dos serviços públicos”, diz trecho da carta.
Os estudantes classificam a PEC-241 como um retrocesso e chamam atenção para um possível corte de vagas da graduação em universidades federais de todo o país.
“Isso significa que não haverá aumento real na verba destinada às despesas primárias do Estado, e isso inclui todos os setores de despesa, exceto o serviço da dívida pública – que hoje ronda 45% do Produto Interno Bruto (PIB) – e a previdência”, ainda de acordo com o texto.
Por fim, o grupo pede que a reitoria da UFV e o Conselho Universitário (Consu) se posicionem contra a PEC 241 e alerte à comunidade universitária sobre os efeitos a curto, médio e longo prazo da aprovação da medida.
Eles também solicitam transparência e participação da comunidade universitária nos debates e decisões sobre administração e possíveis aumentos no preço das refeições para os estudantes.
PORTAL G1