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O reitor Demetrius David da Silva e o ministro da Educação Camilo Santana debateram, nesta quinta-feira (21), em Brasília (DF), a viabilidade de implantação de um Hospital Universitário (HU) da UFV em Viçosa. Ele seria gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), com 150 leitos e um orçamento anual de R$ 225 milhões. Em uma audiência solicitada pelo deputado federal Rodrigo de Castro, o reitor entregou ao ministro um ofício com uma breve contextualização da Universidade e do município de Viçosa, destacando especialmente a expansão da UFV na área de saúde e a importância do trabalho da instituição no atendimento à população da cidade e região.

No oficio, o reitor elencou uma série de razões que levaram a UFV a solicitar ao MEC a implantação do hospital. Dentre elas, a crise na saúde hospitalar, que afeta gravemente a população de toda a região; a necessidade de formação dos cursos da área de saúde e afins da Universidade, e os prejuízos educacionais, com o fechamento dos programas de residência em áreas estratégicas para o Sistema Único de Saúde (SUS), como radiologia e diagnóstico por imagem, anestesiologia e cirurgia geral, por falta de estrutura.

Sensível ao problema, o ministro Camilo Santana autorizou que a EBSERH faça o estudo preliminar para a viabilidade de implantação do Hospital Universitário da UFV. Essa autorização vai ao encontro do pedido que o reitor já havia feito, em um encontro virtual, ao presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, Arthur Chioro, na última segunda-feira. A reunião com o ministro foi um desdobramento da conversa do professor Demetrius com Chioro, da qual participaram ainda o pró-reitor de Assuntos Comunitários, Bruno David Henriques, e o deputado Rodrigo de Castro. Nesse encontro, o reitor também apresentou dados relacionados aos cursos da área de saúde, especialmente os de Medicina, e expôs os motivos que justificam a necessidade do hospital. Ele também abordou a possibilidade de a UFV assumir uma estrutura já existente, como a do Hospital São João Batista, que tem qualidade e poderia ser repassada à Universidade.

Arthur Chioro, por sua vez, informou sobre os trâmites necessários, bem como os prazos para que se reconheça a viabilidade ou não de um hospital universitário. Segundo ele, o estudo preliminar para isso, após autorização do MEC, é de cerca de dois meses. Vencido este prazo, estabelece-se um protocolo de intenções. Antes do estudo, porém, é preciso uma análise do Ministério da Saúde para saber se Viçosa comporta um novo hospital público vinculado à Universidade ou se é possível a incorporação de um dos dois hospitais já existentes na cidade. Ele destacou que a EBSERH não assume nenhum tipo de dívida e que é necessário algum provisionamento para quitá-la. Chioro contou que o prazo para todo o processo é de cerca de dois anos e que, atualmente, existem 43 faculdades de medicina/universidades sem Hospital Universitário. A UFV é a 23ª a fazer esta solicitação, entretanto, com a autorização do ministro da Educação, a Universidade acabou saindo na frente da maioria das outras instituições.

Mais uma vez o reitor voltou de Brasília satisfeito com a sensibilidade do Ministério da Educação às questões da UFV e a presteza em estudar conjuntamente a solução para um problema que hoje afeta não apenas as atividades de ensino, pesquisa e extensão dos estudantes da área de saúde da Universidade, mas também cerca de 160 mil pessoas que, em geral, são atendidas pelos hospitais da cidade. A criação do Hospital Universitário, gerido pela EBSERH, fortaleceria, em sua avaliação, o campo de prática da área de saúde, bem como as ações de cuidados e assistência no SUS. “Demos um primeiro grande passo e agora precisamos aguardar os estudos de viabilidade a serem desenvolvidos pela EBSERH para avaliarmos as próximas etapas a serem adotadas visando que a UFV tenha o seu Hospital Universitário”.

UFV

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