A postura do Governo de Minas em relação às ações para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e incentivar o desenvolvimento sustentável vem recebendo destaque no mundo todo.
Nesta semana, a Invest Minas, agência de promoção de investimento e comércio exterior, recebeu premiação da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), órgão ligado à ONU, devido a excelência em promover investimentos para transição energética.
A premiação ocorreu na segunda-feira (16/10) em Abu Dhabi, no Emirados Árabes Unidos, durante o 8° Fórum Mundial de Investimentos, realizado pela UNCTAD, que reúne, até 20/10, representantes de governos e líderes de empresas para debater ações para acelerar os investimentos em ação climática, saúde e segurança alimentar.
O prêmio é concedido às agências que se destacaram na atração de investimentos para acelerar a transição para uma energia limpa e sustentável, destinada a conter alterações climáticas, reconhecendo, ao mesmo tempo, abordagens inovadoras à promoção de investimentos, financiamento e parcerias.
Exemplo
O prêmio concedido à Invest Minas é resultado dos investimentos atraídos em energia solar, biocombustíveis e biomassa. A conquista é resultado dos esforços do Governo de Minas, que tem atuado na viabilização de investimentos sustentáveis.
Entre 41 agências avaliadas, a Invest Minas recebeu distinção especial, junto com a Guidance Tamil Naduhina, da Índia, e a Invest Korea, da República da Coréia.
O governador Romeu Zema detalha o significado da premiação. “A ONU reconhece que Minas Gerais hoje é referência mundial em sustentabilidade, demonstrando o acerto da nossa política para o desenvolvimento do estado com responsabilidade ambiental”.
Já o CEO da Invest Minas, João Paulo Braga, responsável por receber a premiação das mãos da Secretária Geral da Unctad/ONU, Rebeca Gryspan, destacou a força de Minas na economia verde. “Minas Gerais lidera a promoção de investimentos verdes e se consolida como referência mundial. O Estado oferece aquilo que os investidores globais mais buscam no momento: energia limpa e sustentável, minerais críticos para transição energética e produtos com baixa pegada de carbono. É um momento único para Minas”.
Investimentos em energia limpa
Entre 2019 e 2022, foram atraídos 30 grandes projetos de geração de energia para Minas Gerais, com um investimento somado de R$ 41,6 bilhões (aproximadamente US$ 8,2 bilhões), o equivalente a 22% do total de aportes.
Metade dos empreendimentos formalizados é referente à geração de energia solar fotovoltaica, e o restante distribuído entre energia eólica, hidrelétrica e hidrogênio verde (ver quadro).
Por meio do programa Sol de Minas, estão sendo atraídos grandes projetos de energia solar fotovoltaica, com apoio das secretarias de Desenvolvimento Econômico, da Fazenda e Meio Ambiente, Invest Minas, Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e parceiros da sociedade civil.
Hoje, Minas lidera esse modelo de energia no Brasil, com quase 7GW de potência instalada – unindo as modalidades distribuída e centralizada – e com potencial de multiplicar esse montante por pelo menos sete vezes.
O programa ainda capacitou servidores de mais 130 municípios para receber os investimentos e incentivar a atração de empresas que fazem parte da cadeia produtiva da energia limpa, gerando mais empregos especializados.
O processo de descarbonização da economia mineira não passa apenas pela geração de energia elétrica. Exemplo é a atração de robustos investimentos na fabricação de produtos para substituir os combustíveis fósseis.
Em setembro, o Governo de Minas anunciou a atração de investimentos na ordem de R$ 11,3 bilhões na produção de etanol. Além de gerar 1,6 mil empregos diretos em várias empresas do setor, os investimentos devem colocar o estado entre os maiores produtores do combustível no mundo.
Minas pretende ainda atrair investimento da indústria automotiva para o desenvolvimento de veículos híbridos, movidos a etanol e eletricidade. Neste sentido, já há entendimentos com o grupo Stellantis, dono da marca Fiat, para fabricar esses veículos em seu parque industrial em Betim.
Além do etanol, o setor sucroenergético também utiliza a biomassa como matéria-prima para geração de energia limpa. As usinas produzem atualmente cerca de 2,6 GWh em energia utilizando a palha e o bagaço da cana, o que representa 14% da produção de bioeletricidade no Brasil. Sozinhas, essas unidades seriam suficientes para atender 27% do consumo residencial em Minas Gerais.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, celebra os números e a conquista. “Mesmo em meio a desafios, o governo teve o mérito de olhar para frente, ver oportunidades e apostar na capacidade da equipe técnica da administração estadual e dos empreendedores de virarem o jogo em busca do crescimento. Agora, colhemos os frutos, com recordes de atração de investimentos, milhares de empregos gerados e reconhecimento internacional. Esperamos colher muitos frutos, para o bem de Minas Gerais e do planeta”.
Agência Minas
