Se média se mantiver ao longo do ano, mais de 1 milhão de pessoas serão beneficiadas até dezembro, superando a marca de 2022
O 1º de maio de 2023, Dia do Trabalhador, pode ser celebrado por milhares de mineiros que procuraram algum dos 133 postos de atendimento do Sistema Nacional de Emprego (Sine), coordenados pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG). As unidades estão espalhadas por 120 municípios do estado e, com os dados consolidados de janeiro a março deste ano, foram exatos 282.007 atendimentos, que variaram entre a busca por oportunidades de trabalho, além de requerimento de seguro-desemprego e acesso à Carteira de Trabalho Digital. Caso esta média se mantenha, os 1.011.748 de atendimentos realizados em 2022 serão superados em mais de 100 mil neste ano.
Sobre os empregos efetivamente criados por intermédio do Sine, neste primeiro trimestre, 5.780 cidadãos mineiros conseguiram uma oportunidade de trabalho com carteira assinada. Ao todo, surgiram 35.325 vagas e o órgão encaminhou para entrevistas 96.607 pessoas.
A diretora de Monitoramento e Articulação de Oportunidades de Trabalho da Subsecretaria de Trabalho e Emprego (Subte) da Sedese-MG, Amanda Carvalho, ressaltou a importância do serviço, explicou a diferença entre os números e falou sobre o desafio de torná-los cada vez mais semelhantes.
“O Sine é um importante serviço do Governo de Minas para o atendimento aos trabalhadores e empregadores do estado. Ele é responsável, sobretudo, por promover a empregabilidade a partir da captação e oferta de oportunidades. A diferença entre as vagas disponibilizadas e os empregos efetivamente gerados se deve ao desafio no alinhamento entre oferta e demanda, ou seja, atender as exigências em termos de experiência e qualificação pelos empregadores. Desta forma, é preciso cada vez mais qualificar a mão de obra a fim de minimizar esta diferença”, ressaltou.
Outra projeção aponta que caso a média de postos de trabalho ocupados se mantenha até dezembro, os 20.503 empregos gerados de 2022 ficarão para trás, assim como os 21.835 de 2021.
Fundo do Trabalho
Criado em dezembro de 2019 a partir da Lei Estadual nº 23.475, o Fundo do Trabalho é destinado a financiar os projetos, ações e serviços no âmbito do Sine e da qualificação social e profissional do estado.
Para 2023, a previsão é de que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) faça o repasse de aproximadamente R$ 3 milhões para Minas Gerais, que serão utilizados para projetos e serviços de manutenção das unidades de atendimento do Sine. As prioridades são ações que visem a colocação de cidadãos no mercado de trabalho, sobretudo os públicos mais vulneráveis, conforme frisa Amanda Carvalho.
“O Fundo Estadual do Trabalho é o meio pelo qual ocorre o repasse de recursos por parte do governo federal. Esses recursos são utilizados para a implantação e execução de projetos que estão em fase de validação, com o intuito de viabilizar a inclusão produtiva dos cidadãos mineiros, seja por meio de ações de intermediação de mão -de -obra, qualificação profissional ou geração de renda, com foco nos públicos mais vulneráveis”, completou.
Caged
Outra importante fonte de informação com relação ao mercado de trabalho vem do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do MTE. Nos três primeiros meses do ano, o saldo de vagas criadas no estado foi positivo, num total de 64.187 novos postos. Somente em março, conforme números mais atuais do Caged, divulgados na última quinta-feira (27/4), Minas criou 38.730 vagas, contra 50.768 do estado paulista.
“O resultado positivo na geração de empregos registrado no primeiro trimestre deste ano é fruto de uma política de atração de investimentos do Governo de Minas, que superou R$ 270 bilhões captados nos últimos quatro anos. Esse esforço colocou o estado pelo segundo mês consecutivo na segunda colocação do ranking de estados com maior saldo de empregos”, finalizou Amanda.