Grupo é apontado como responsável por homicídios qualificados, porte de armas de fogo e tráfico de drogas na região de Araponga, Ervália e Viçosa
O Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) – Regional da Zona da Mata e da Promotoria de Ervália, e em conjunto com as Polícias Militar e Civil de Minas Gerais, deflagrou, na manhã desta sexta-feira, dia 14 de abril de 2023, a operação “Sicário”.
Estão sendo cumpridos 11 mandados judiciais nos municípios de Viçosa, Araponga e Sericita, sendo três mandados de prisão temporária e oito mandados de busca e apreensão, inclusive na Câmara Municipal de Araponga (MG). Um vereador da cidade de Araponga, que foi preso na operação, é tido como um dos líderes do grupo investigado.
No curso das diligências, houve, ainda, a prisão em flagrante de outras três pessoas, uma delas maior de idade e dois adolescentes. Além de drogas, diversas munições e uma arma de fogo foram apreendidas.
As apurações foram deflagradas com a finalidade de apurar o envolvimento dos integrantes do grupo, inclusive do agente político e seus familiares, em diversos homicídios qualificados consumados na cidade de Araponga, além da participação em uma organização criminosa atuante nas cidades de Araponga, Viçosa e região. O grupo é conhecido pela prática de delitos violentos, inclusive execuções de pessoas.
Segundo as apurações, o principal investigado, que está ocupando o cargo de vereador na cidade de Araponga, e seus familiares são muito temidos na região, sendo certo que o parlamentar também usaria sua autoridade como garantia de impunidade para seus atos ilícitos.
As diligências estão em andamento e mais detalhes serão dados no decorrer do dia de hoje. A operação conta com a participação de promotores de Justiça, servidores do Ministério Público, policiais militares e civis, além do apoio do Gaeco de Ipatinga. Segundo o promotor de justiça Breno Costa da Silva Coelho, coordenador do Gaeco, há fortes indícios de que o agente político e os investigados se valem de terceiras pessoas para a prática de crimes e ocultação de provas das infrações penais perpetradas, inclusive num contexto semelhante aos delitos de “pistolagem”.
FONTE: MPMG