Profissionais que atuam nos viveiros de mudas do Instituto Estadual de Florestas (IEF) em Muriaé e Piranga participaram do treinamento Cultivo de Plantas Ornamentais, oferecido pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES. Nos cursos, o instrutor Eduardo Elias Silva dos Santos ensinou técnicas de plantio e cultivo e houve a setorização, organização e seleção de ambientes para as plantas ornamentais.
O coordenador do Núcleo de Biodiversidade da Zona da Mata do IEF, Valmir Rosado, explica que o objetivo da capacitação dos viveiristas é proporcionar troca de conhecimento entre os profissionais do órgão e o SENAR MINAS, motivá-los na busca por aprendizado e investir na diversificação das mudas produzidas na região, que, hoje, concentram-se nas árvores nativas da Mata Atlântica. Ao todo, nove viveiros serão contemplados com os treinamentos na região.
“Já estamos colhendo os frutos dessa parceria por meio de convênios com prefeituras interessadas em projetos de paisagismo para as cidades. Os municípios de Eugenópolis, Guaraciaba e São Geraldo estão em contato com o IEF para a aquisição de mudas de plantas ornamentais”, informou Valmir.
Segundo o instrutor, a cadeia produtiva e o mercado das plantas ornamentais estão crescendo, e a iniciativa do IEF de produzir e doar mudas dessas espécies pode auxiliar produtores e trabalhadores rurais a começarem uma nova atividade comercial. “Está sendo uma experiência interessante e multipotencial porque o paisagismo, a jardinagem, a floricultura e os arranjos estão em ascensão. O produtor pode buscar qualidade de vida e beleza para a propriedade com as ornamentais, fornecidas pelo IEF, e enxergá-las também como um negócio”, destacou o instrutor.
Trabalho social
Em Piranga, alguns moradores do entorno também participaram da capacitação. O viveiro de mudas do município fica em uma região periférica, e o coordenador do viveiro, Alessandro Arlindo Inácio da Silva, contou que o curso do SENAR revelou a importância do espaço para a comunidade e incentivou os primeiros passos de uma parceria para a geração de emprego e renda.
“O treinamento proporcionou capacitação, evolução, qualidade da mão de obra profissional, elevação da autoestima e ampliação das perspectivas sociais entre os participantes. Estamos elaborando um projeto para que o IEF disponibilize o espaço do viveiro e insumos para os moradores cultivarem plantas ornamentais e, assim, terem uma renda com a comercialização”.
“O viveiro já faz parte da vida socioeconômica da comunidade e pode funcionar como um incubadora de empreendimentos, ajudando, principalmente, a população mais vulnerável. Visitamos uma empresa da cidade e os alunos viram de perto a produção que é feita em grande escala, mas de maneira simples. No curso, apresentamos tecnologias e possibilidades de um trabalho que pode ser feito coletivamente com responsabilidade social e ambiental”, pontuou o instrutor.
