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Grande parte da população e até mesmo empresas, podem dizer que já sofreram um golpe em algum momento da vida. Sejam os pequenos delitos ou até grandes fraudes que podem levar empreendimentos à falência, infelizmente acontecem com bastante frequência, e nunca se sabe ao certo a razão.

As fraudes internas, por exemplo, são algo que as grandes organizações deveriam ter em mente o tempo todo. Geralmente quando as coisas vão bem ninguém pensa em investigar ou ficar de olho nisso, porém essa é uma oportunidade fácil para pessoas motivadas cometerem fraude. Pesquisas indicam que as empresas perdem cerca de 5% de seu lucro anual com golpes.  Golpes menores como as fraudes de cartões de crédito, também são bastante comuns.

Por causa disso, alguns psicólogos e especialistas começaram a analisar o por quê de muitas pessoas serem levadas a cometer fraudes, e quais as razões e motivações por trás disso.

Os motivos que encorajam fraudes

Na tentativa de entender melhor o cenário que leva uma pessoa a dar um golpe, o sociólogo Donald Cressey criou o triângulo da fraude. Consiste em três motivos base que encorajam a mente de certas pessoas a cometerem fraudes. São eles: pressão, oportunidade e racionalização. Já o professor de Ética Empresarial e Gestão da Integridade da Universidade de Roterdã, Muel Kaptein, aponta em um estudo pelo menos 23 armadilhas psicológicas que podem levar as pessoas a cometerem fraudes, que também transita pelos motivos já citados acima.

As pressões do dia a dia no trabalho, até mesmo em casa, problemas financeiros ou vícios são uma das principais motivações que levam as pessoas a tentarem o caminho mais fácil de um possível golpe, como falsificar um documento, enviar um cheque sem fundos ou até roubar dinheiro. Quando se fala de oportunidade que leva ao golpe, geralmente se remete a pessoas que tem posições privilegiadas e usam disso muitas vezes a seu favor, em segredo, cometendo crimes.

Já a racionalização reflete casos de indivíduos que tentam justificar para si próprios que seus motivos são justos e compreensíveis. Seja uma vingança pessoa, um senso de justiça distorcido, um pequeno roubo que se justifica em algo maior, como prover para sua família.

De qualquer forma, os especialistas apontam que para todos estes casos nada é tão simples, considerando toda a complexidade da mente do ser humano. De maneira geral não se pode controlar a racionalização ou as pressões que cada um vive. No entanto, é possível controlar a oportunidade.

No caso de organizações, aumentar a segurança dos processos e operações de suas plataformas, promover controles internos com frequência para identificar possíveis golpes. Algumas empresas como a Apple, por exemplo, já incluíram um espaço exclusivo com conteúdo para ajudar seus consumidores a se protegerem de golpes.

No caso de pessoas físicas, sempre vale lembrar da importância de proteger suas informações e dados pessoais, bem como filtrar o que é exposto para estranhos.  Não é possível evitar a tentação, mas é possível controlar as oportunidades.

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