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Implantada como uma disciplina na grade curricular da rede municipal, Educação Socioemocional da Inteligência Relacional possibilitou a construção de um ambiente menos violento por meio do desenvolvimento de competências socioemocionais

 No ano de 2018, o município de Cajuri, na Zona da Mata Mineira, implantou, por meio de uma parceira com a Inteligência Relacional, a inovadora metodologia de Educação Socioemocional em todas as escolas da rede pública de ensino. Assim como as disciplinas tradicionais, a exemplo de História, Matemática e Língua Portuguesa, essa proposta pedagógica passou a fazer parte da grade curricular dos alunos, possibilitando o aprendizado de como lidar com suas emoções e o desenvolvimento de habilidades para regulá-las.

No início de fevereiro, foi realizada uma reunião com a Secretaria Municipal de Educação, onde a consultora pedagógica, Amanda Soares, apresentou os resultados do trabalho no primeiro ano de implantação no município. Ao todo, mais de 200 alunos do 1° ao 9° ano do Ensino Fundamental e 19 educadores foram envolvidos nesse processo educacional, vivenciado com o apoio de um material pedagógico exclusivo, recursos psicopedagógicos lúdicos e envolventes, atividades e conteúdos pertinentes à faixa etária de cada estudante.

Por meio das Avaliações de Resultados da Inteligência Relacional aplicadas no início e no final do desenvolvimento da Educação Socioemocional, em 2018, foi constatado que 26% dos alunos reduziram os comportamentos que levam à convivência conflituosa, 38% passaram a regular melhor suas emoções, 37% conseguiram estabelecer relações mais harmônicas com seus colegas e 40% adquiriram comportamentos que promovem a convivência pacífica com os demais.

Na avaliação da Secretaria de Educação, Marli Marlei Rodrigues, a Educação Socioemocional possibilitou várias mudanças de comportamento nas escolas do município, contribuindo para um ambiente mais saudável entre os educandos. “Pelo pouco tempo que a gente trabalhou, gostamos muito dos resultados apresentados. Percebemos nas crianças e nos adolescentes melhorias no comportamento e na expressão dos seus sentimentos dentro da sala de aula”, disse.

Entre as atividades realizadas nas escolas, em uma hora aula por semana, eles participaram de práticas como Momento das Emoções, etapa de identificação e expressão da sua emoção e da emoção do outro, Grupos de Diálogo e Danças Circulares. Tudo isso, direcionado ao desenvolvimento de competências socioemocionais e habilidades para resolução de conflitos, por meio da empatia, do diálogo e da cooperação, diretrizes presentes na Lei Antibullying e parte integrante da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Palestra com Educadores

Também no início de fevereiro, a consultora pedagógica da Inteligência Relacional, Amanda Soares, realizou, para cerca de 70 profissionais da educação das escolas municipais a palestra “Educação Socioemocional no Cotidiano Escolar”. De acordo com Amanda, a ação, que fez parte das atividades dos dias dedicados ao planejamento do novo ano letivo escolar, destacou a relevância dessa temática como uma demanda contemporânea nacional e internacional, inclusive, a presença disso nas diretrizes educacionais, a exemplo da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e da Lei Antibullying.

Para o educador Edilson Celestino,  diretor da Escola Municipal Arnaldo Dias de Andrade Filho, a palestra trouxe abordagens significativas para o trabalho docente. “As nossas ações no cotidiano escolar e no convívio social são mediadas pelas nossas emoções e, nem sempre, conseguimos agir racionalmente. A Educação Socioemocional pode contribuir para melhorar as relações, tendo em vista que trabalha a empatia, a atenção, a generosidade, que são virtudes importantes para um convívio mais harmonioso”, defendeu.

Portal VU

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