O Secretário Nacional de Segurança Pública, General Teophilo começou sua palestra parabenizando todo o sistema de segurança pública de Minas Gerais pelo trabalho em Brumadinho e disse que fez uma pesquisa para saber porquê em Minas Gerais, São Paulo, e outros grandes estados há uma redução da criminalidade, o que não acontece em estados menores. E verificando a cronologia do trabalho em Minas, um dos fatores que ele apontou como causadores dessa redução é a polícia comunitária.
“Vamos fazer um plano nacional de enfrentamento à crimes violentos no Brasil inteiro e o foco de quem está trabalhando nisso é o policiamento comunitário. Esse acordo de cooperação técnica Brasil-Japão, que vem dando certo e Minas é um estado modelo, tem resultados que comprovam que é um projeto que dá certo e que precisamos investir renovando o acordo com o Japão”, adiantou General Teophilo.
Ele ainda mostrou o número de formandos no Curso de Gestor e Operador de Polícia Comunitária 167 esse ano, outros 324 que são frutos dos primeiros multiplicadores, e que de maneira geral no Brasil totalizam um universo de 2.650 formandos na área de polícia comunitária.
“Vamos fazer a padronização da Diretriz de Polícia Comunitária, que vamos assinar em março com o Governo do Japão e com todos os entes federativos, reunindo também todos os coordenadores de Polícia Comunitária em Brasília para acertarmos os últimos detalhes desse projeto”, contou.
O secretário anunciou ainda que o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), a partir do dia 15 de março, estará à disposição na página do Ministério da Justiça, como primeiro órgão federal para consulta de dados estatísticos sobre segurança pública. A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) assumirá os dados que “são os mais confiáveis porque se baseiam nos dados fornecidos pelos próprios estados sobre suas realidades de segurança pública”.
General Teophilo aproveitou a oportunidade para mostrar um case de sucesso que ele escolheu e pretende mostrar por onde passar no Brasil falando sobre o Projeto Padronização e Equipagem do Sistema Nacional de Polícia Comunitária, confirmando o modelo de polícia comunitária deu certo e precisa ser replicado. Ele mostrou alguns resultados do 22º BPM da PMMG, que teve o melhor índice mensal de criminalidade violenta desde novembro de 1997, seguido pelo melhor resultado mensal envolvendo número de roubos desde junho de 1999, redução de 46% de crimes violentos em relação a janeiro de 2018, redução de 21% de furtos em relação a janeiro do ano passado, 30 armas de fogo apreendida – média de uma arma por dia – , 291 infratores presos e 50 reuniões comunitárias. “É pelo trabalho dos senhores que temos esses números que confirmam o sucesso do projeto de polícia comunitária”, finalizou o Secretário Nacional de Segurança Pública.
O Comandante-geral da PMMG, Coronel Giovanne, antes da sua palestra “Estratégias para o fortalecimento do policiamento comunitário”, agradeceu a vinda do secretário, que prontamente atendeu ao convite para fazer a abertura do seminário. Ele agradeceu ainda às demais autoridades e em especial aos coronéis do Alto Comando da corporação, além dos policiais militares e os integrantes dos conselhos comunitários que estavam presentes.
Coronel Giovanne começou sua fala observando o cenário de crise financeira e de redefinição de estratégias para Polícia Militar alcançar melhores resultados. Para isso, foram estabelecidos como foco quatro ações de comando: priorizar as atividades finalísticas da PMMG, melhorias das áreas necessárias e processos, racionalização das estruturas nas áreas administrativas e operacionais e otimização do emprego dos recursos humanos para enfrentamento ao crime em Minas Gerais.
“Nós sempre buscamos o aumento da sensação de segurança. Os números são bons e históricos, e nesse janeiro de 2019 estamos com resultados de 2007, 2011, e estamos conseguindo isso mesmo com o crescimento da população. São bons resultados graças ao trabalho dos policiais militares de Minas Gerais, hoje representados por essa plateia. Do coronel ao soldado mais moderno, os resultados são fruto do trabalho de cada um”, elogiou o Comandante-geral da PMMG.
Ele disse não ter dúvidas que a política e a doutrina de polícia comunitária vai permitir o aumento da sensação de segurança pública com o fortalecimento da setorização da segurança em nível estadual, implementação das Bases de Segurança Comunitária, fomento a criação das redes de proteção, dentre outros.
“Temos casos de bases em locais que não eram mais frequentados pela sociedade, e hoje vemos nesses lugares as crianças brincando e a população interagindo com a Polícia Militar. São 216 bases na capital e interior e elas têm trazido inúmeros benefícios para a sociedade, para instituição e são um verdadeiro exemplo de polícia comunitária”, afirmou o Comandante-geral da PMMG que disse ainda: “Confiamos nesse projeto, na polícia comunitária e tudo isso vai nos garantir muito mais que 243 anos, vai garantir nossa sustentabilidade por meio do trabalho diário que fazemos independente da função para o povo mineiro”.
PMMG